Hoje é quinta, dia 4 de abril de 2024. Estou no aeroporto de Guarulhos, à espera do embarque internacional para chegar ao meu destino final: Roma.

Enquanto as seis horas de espera se arrastam, um pensamento teima em permanecer comigo, mesmo eu pedindo a ele que, assim como eu, voe para longe um pouquinho. Dê uma escapadinha. Tire uma folga. Mas nada o convence a sair da minha caixola. Qual pensamento é esse? A coluna Bá experiência.

Se quem a escreve está de férias, por que ela não pode tirar uma folga por uma semana? Só que, depois de 1 ano e 4 meses ininterrupta, abandoná-la agora? Não me aguentei. E cá estou. Aí veio a dúvida: escrever sobre o quê?

Com escassez de ideias, decidi recorrer a uma espécie de metalinguagem e trazer uma reflexão sobre o fato de eu estar aqui, a escrever, feliz, sem me lamentar por trabalhar no primeiro dia do tão aguardado descanso. Faço isso através da letra da canção Força Estranha, composta por Caetano Veloso para ser eternizada na voz da cantora Gal Costa.

Trata-se de uma simbologia sobre a passagem do tempo que, uma vez perdido, não volta; sobre a arte como um reflexo da vida e sobre a necessidade de se expressar. Todos nós podemos e devemos nos expressar. Seja de que forma for. A minha maneira, por exemplo, é a escrita.

“A arte é amiga da vida”. Ou, no meu caso, a escrita é amiga da vida. E, se Gal diz “por isso é que eu canto, não posso parar”, eu digo: é por isso que escrevo, não posso parar.

Nesta semana, no podcast Bá que papo, falamos sobre o caso da disputa da herança de Gal Costa, após as entrevistas de Wilma Petrillo — que foi sua empresária e pede o reconhecimentos de união estável — e de Gabriel Costa Burgos, o filho da cantora, que pede para o corpo da mãe ser exumado a fim de esclarecer as causas da morte. Ouça agora no Spotify clicando aqui.

Para ler outros textos da coluna Bá experiência, acesse este link.

Bá experiência por Diogo Zanella do Estúdio Telescópio

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