Tina Turner e Kylie Minogue

Bá experiência por Diogo Zanella/Estúdio Telescópio

Qual o papel da arte? Provocar. Despertar pensamento crítico, expressar a identidade de uma época. Questionar. Perturbar. Revolucionar. Desafiar.

Tudo isso me vem à mente quando me faço essa pergunta. E acredito que todas as respostas acima estão corretas, que essas afirmações explicam o propósito para a existência da arte. Mas o sucesso estrondoso do hit Padam Padam, de Kylie Minogue, e a morte de Tina Turner, a rainha do Rock and Roll, me fizeram pensar além.

A arte e o artista podem ser fundamentais na busca por um dos sentimentos mais transformadores que já senti: o de ser livre. livre para pensar, livre para amar. Livre para ser.

Tina Turner, através da sua arte, inspirou uma geração de mulheres, em especial as mulheres negras. Tanto pela sua luta para livrar-se da rotina de abusos e violência doméstica do primeiro casamento quanto por sua postura totalmente livre no palco. Ela foi, em muitos sentidos e para muitas pessoas, um símbolo não só do rock and roll, mas também de resistência e de liberdade.

Kylie Minogue, certa vez, em entrevista à The Advocate, principal revista LGBT dos Estados Unidos, disse que não se tornou um ícone popular na comunidade gay por fazer algo específico. “Isso aconteceu porque eu estava sendo eu mesma”. Parece simples. Parece pouco. Entretanto, não há nada mais revolucionário para uma criança LGBT do que apenas ser encorajada a ser ela mesma.

Tornar-se revolucionário e um ícone de liberdade pode vir tanto dos gestos mais simples, como ser apenas quem se é, quanto de atitudes que desafiam costumes. E que constroem uma trajetória emblemática, em meio ao período de segregação racial norte-americano, de forma brilhante, como fez Tina Turner.

Kylie Minogue e Tina Turner, para mim, são referência de artistas, de comportamento revolucionário e de liberdade. Cada uma à sua maneira. Isso é arte.

No Bá que papo desta semana, discutimos o hit chiclete de Kylie Minogue, “Padam Padam“, lamentamos a perda da lendária Tina Turner e convidamos a taróloga Simone Marques para uma previsão especial para o mês de junho.

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Bá experiência por Diogo Zanella/Estúdio Telescópio

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