Paulo Gasparotto e Laura Bier

Leitor voraz desde a infância, Paulo Raymundo Gasparotto devora livros, jornais e tudo que lhe passa pelos olhos. É um observador e amante nato da vida cotidiana. Eclético, sensato e dono de uma personalidade marcante e determinada, prestes a completar 85 anos, ele mantém a mesma rotina: se exercita pela manhã, cumpre a agenda de compromissos e atualiza sua plataforma digital com destaques da agenda cultural e social da cidade. Segue incansável e a maior referência do colunismo social do Sul do país.

Um fato divisor de águas?

Muitos, mas as sessões de psicanálise com Avelino Costa, o primeiro momento de encontro comigo. Vem daí minha admiração por Sigmund Freud.

Quem e o que te inspiram hoje?

Como leitor constante, leio Elio Gaspari, Hélio Schwartsman e o mestre da irreverência Macaco Simão, entre outros. Acompanho todos acontecimentos, especialmente os ligados à arte e ao mercado de antiguidades, pois sou leiloeiro há décadas. Sempre encontro novas motivações.

Um lugar em Porto Alegre…

Sou bairrista, adoro Porto Alegre, malgrado o clima… Gosto dos parques, a principiar pelo Farroupilha, dos morros, especialmente o do Menino Deus-Santa Tereza e o Guaíba, e seu pôr do sol…

Uma saudade…

Não cultivo saudosismo, são muitas as lembranças. Gostaria de ter persistido em alguns erros e ter sido mais audacioso…

O que valeu a pena?

Principalmente os erros valeram a pena, não só pelo o que me ensinaram, mas pelo prazer que me deram…

Circulando há tantas décadas na sociedade, o que é mais deselegante em uma pessoa?

Independente do meio social, a postura correta e o trato civilizado devem ser prioridade. A tentativa de aparentar importância, poder ou dinheiro é deselegante. O embaixador Gilberto Amado, um brilhante intelectual sergipano, disse: “Querer ser mais do que se é, é ser menos”.

Aos 5 anos, Laura Bier Moreira foi uma das primeiras entrevistadas da minha vida para o Esportinho em ZH quando ainda era uma pequena jogadora de tênis. O brilho nos olhinhos miúdos e espertos já chamavam atenção. Há 10 anos nascia o Roubadinhas e ela contou para a Revista Bá sobre a proposta que acabara de criar; uma plataforma de negócios que une gastronomia, bem-estar e esporte e que hoje é uma das marcas de entretenimento mais fortes do Estado.

Imaginava tudo isso?

Não, Mari. Nem sobre a marca e nem que o meu nome acabaria conectando marcas e pessoas, esse cross entre o on e o off. Nunca duvidei da minha capacidade, sempre falo que temos que acreditar na beleza dos sonhos, no ganha-ganha e fazer coisas com alma, que a fluidez de energia nos coloca na hora certa na frente da pessoa certa. Tudo é processo que precisamos passar e o Roubadinhas é resultado disso.

Como equilibrar a alimentação prazerosa e diversão com a disciplina dos exercícios?

Não tem segredo. É a lei da compensação boa. Procurem  especialistas como eu faço, mas comecei a fazer 1 ou 2 vezes por semana jejum e tem ajudado. Comer sem culpa e conhecer o corpo também ajuda. Priorizo proteínas e faço exercícios que me dão prazer e não só para queimar calorias.

O pior tipo de ser humano é aquele que…

Que fica só criticando os outros, às vezes atrás de uma tela, e não faz nada para melhorar a sua vida, nem a do seu entorno e do ecossistema de negócios. A questão da falsidade pega principalmente para as pessoas honestas, porque a tendência é fazer a régua do outro pela nossa. Aprendi, mas precisei quebrar a cara.

Um sonho que ainda quer realizar…

Quero fazer muitas coisas antes mas também quero muito ser mãe.

Um medo que paralisa?

Pessoas desonestas me tiram a energia. Eu fui incansável depois de barras que enfrentei. Ao invés de paralisar eu segui e é só por isso e esses desafios que o Centrinho existe.

Que mudança faria no mundo?

Eu mudaria o pensamento egoísta da cabeça das pessoas. Tem um livro que eu amo: Os quatro compromissos (Miguel Ruiz) – seja impecável com sua palavra; não leve nada para o lado pessoal; não tire conclusões e dê sempre o melhor de si. Isso mudaria a energia do mundo e a entrega e a fé das pessoas nos seus projetos.

Neuromedice

Notas da semana

Educare il futuro

Integrante do comitê internacional do centro de pesquisas sobre a infância La Bottega di Geppetto, na Toscana, Paula Baggio, da Escola Despertar, repete o feito de 2023. Em maio levará mais 30 professores e pesquisadores de escolas e universidades de todo o Brasil para mais uma “vivência cultural, sensorial e educativa” em San Miniato, na Itália. Organizado e conduzido por ela, o programa oferece aos educadores uma abordagem que estimula o protagonismo das crianças e a participação da comunidade no processo de aprendizagem. A viagem será econômica e o grupo vai se hospedar em uma villa típica toscana, fazer refeições caseiras compartilhadas e visitas às escolas guiadas, conduzidas e traduzidas voluntariamente por Paula. Auguri!

Big Bang

A Arezzo&Co (Vans, Schutz, etc) e o Grupo Soma (Farm, Hering e Animale, etc) anunciaram nessa semana a fusão de uma empresa com mais de R$ 11,976 bilhões de receita, 34 marcas e 2.057 mil lojas e 1.520 mil franquias. Alexandre Birman será o CEO da nova companhia ainda sem nome. A negociação vem sendo costurada há mais de 2 anos mas boa parte dos 22 mil funcionários souberam da novidade pela imprensa. Não é segredo que desde que assumiu a Arezzo, Alexandre quer transformá-la numa Powerhouse of Brands do Brasil afiada para o mercado internacional. O valor de mercado do novo grupo de moda, que pretende ser o maior da América Latina é estimado em R$ 13 bi, só fica atrás da Renner, que vale R$ 15 bi. A nova empresa terá quatro pilares: calçados e acessórios (Luciana Wodzik); vestuário feminino (Roberto Jatahy); vestuário masculino (Rony Meisler) e vestuário democrático (Thiago Hering).  Moda democrática? A moda já serviu para diferenciar cultura, religião, estado civil e classe social, mas perdeu esse papel. odos podem usar, inventar, brincar, seguir, consumir, fazer, acessar ou até ignorar. Não importa credo, raça, cultura, sexo, classe social, status financeiro ou escolar, tipo físico, orientação sexual… Taí, gostei…

Celeridade perigosa

As metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) continuam a dar o que falar entre juízes e advogados. Exigir o cumprimento das metas que visam aumentar a velocidade na tramitação dos processos pode comprometer a qualidade de algumas decisões judiciais, que em alguns casos acabam nem passando pelo criterioso crivo que deve ter o judiciário. A Covid-19 também mudou o cotidiano jurídico. O contato do advogado e seu cliente com o juiz e/ou desembargador está mais restrito. Um amigo da coluna que fez recentemente uma sustentação oral presencial depois de 9 meses sentiu a diferença. Dispensar a sustentação oral presencial é perder a possibilidade de ser ouvido e observado in loco pelo magistrado. Não existe uma restrição de contato em geral, há uma redução do presencial ainda por resquícios da pandemia. Porém, tal realidade também atende aos interesses dos advogados que, por vezes, ganham tempo falando com juízes e desembargadores por vídeo sem sair de seus escritórios ou casas. Atenta ao movimento, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS) lançou a campanha “Vídeo gravado não é sustentação oral” em sintonia com parte da advocacia que quer ser mais ouvida pelo Judiciário presencialmente. Ônus e bônus, é preciso ajustar necessidades e detectar maneiras de agilizar o sistema sem abrir mão do que importa: a justiça.

Que nem pão quente…

Depois de vender em um único dia as 267 unidades do Condomínio Raro (2 mil pessoas se interessaram no empreendimento que deve ser entregue em maio de 2026), em Xangri-lá, a Melnick Arcadia, em associação com D1 e ECL, já está trabalhando para colocar em licenciamento seu mais grandioso projeto no Litoral Norte. Realmente diferente de tudo que já foi feito por lá. A coluna não pode antecipar mais nada, mas de fato, o empreendimento se diferencia muito em grandiosidade, estrutura de lazer e serviços e projeto. Apenas para dar um aperitivo, Fábio Sclovsky adianta que as residências contarão com canais navegáveis com ligação à mais linda lagoa do litoral.

Bá acontece

Isabel Carvalho e Marcelo Schacht, leia-se Tidelli Porto Alegre deixaram lindos os ambientes exclusivos do Planeta Atlântida com seus móveis de área externa (outdoor living) e o paisagismo de Fernando Thunm. Arthur Mendes, Victor Krebs, Laura Maciel e, Raquel Zafalon integraram o time bacana de arquitetos que foi conferir o resultado e curtir os shows. Dos irmãos gaúchos Tatiana e Luciano Mandelli, já são 42 lojas Tidelli espalhadas pelo Brasil.


Localizado na Carlos Gomes, o Bordaza deve ficar pronto em julho. O empreendimento das famílias Bortoncello, Dagostin e Zaffari quer ser um divisor de águas na cidade no que diz respeito a cultura verde. O shopping vai atender e incentivar todas as formas de consumo e a sustentabilidade do planeta. Marcas bacanas já estão confirmadas mas estrategicamente não estão sendo divulgadas.


Tem folia para todos os gostos em Atlântida. Dia 10 e 12 das 16h às 20h são os dias de Carnaval Infantil da Saba. A banda Magnata vai embalar a festa dos adultos no sábado também na Saba. Entre os muitos condomínios que estão organizando suas festas a fantasia, o Ilhas Park e o CarnaRock do Ventura. Sem falar na Anitta…

Podcast Bá que papo
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