Hoje a partir das 19h30min tem show de despedida de Frank Jorge no Bar do Alexandre. Jorge Otávio Pinto Pouey de Oliveira deixará em breve a capital gaúcha para morar em Buenos Aires. O multi-instrumentista, cantor, compositor, escritor e professor brasileiro já lançou onze discos, cinco na carreira solo e seis com as bandas que participou, e três livros. Tudo começou quando em 1983, entrou para banda Prisão de Ventre, de dois colegas do colégio, Tchê Gomes e Bayard Duarte. Além deles, os irmãos Alexandre e Marcelo Birck, que eram seus vizinhos na rua Tomaz Flores, no bairro Bom Fim também faziam parte da banda. A estreia nos palcos foi em 1984, no bar B-52, na Avenida Independência. Em 1985, Frank serviu ao Exército, em 1986 entra para Os Cascavelletes convidado por Alexandre Barea, seu amigo de infância, e passa no vestibular para Letras na PUCRS. Os Cascavelletes nasciam num cenário histórico em que no Rio Grande do Sul e no Brasil surgiam bandas novas e marcantes. Frank saiu d’Os Cascavelletes em 1989 para dedicar-se ao seu projeto paralelo Graforréia Xilarmônica. Fundada em 1987 pelos irmãos Birck, Frank entrou posteriormente e participou da gravação da primeira fita demo, intitulada Com Amor, Muito Carinho (1988). Reza a lenda que o nome da banda surgiu de palavras aleatoriamente escolhidas no dicionário por seus integrantes.

Em 1991 nasceu seu primeiro filho (ele tem mais um casal), e no ano seguinte, ele finaliza a graduação O músico segue dando aulas de violão e contrabaixo, e atuando em bandas paralelas, como Black Master e Júlio Reny Guitar Band. Em 1995, a Graforréia lança seu primeiro álbum, Coisa de Louco II, que atinge reconhecimento nacional após do clipe Você foi Embora, na MTV. Em 1997, Frank inicia outro projeto musical com um parceiro de longa data: Júlio Reny. Juntos, além de Márcio Petracco, formam os Cowboys Espirituais e lançam o disco homônimo em 1998. O álbum continha a canção Jovem Cowboy, que virou videoclipe e recebeu o prêmio Revelação da América Latina do canal de TV Country CMT. A Graforréia lançaria ainda em Chapinhas de Ouro, em 1998 antes de encerrar as atividades no bar Ocidente no ano 2000.

Baseado, no material escrito para o Sarau Elétrico e demais experiências vividas, Frank lança quatro livros: Realidades e Chantillys Diversos (Artes e Ofícios, 2000), Crocâncias Inéditas (2001), Vida de Verdade (2002), ambos pela editora Sagra-Lusato, e Sem Aparente Significado Especial, que saiu em 2004 pela editora AMEOP. A carreira solo deslanchou. Lançou dois álbuns, Carteira Nacional de Apaixonado (2000), pelo selo Barulhinho, e Vida de Verdade (2003), pela YB Music. A experiência com o Sarau Elétrico resultou em um convite para trabalhar na TVE RS, entre 2001 e 2003, como diretor e apresentador do Programa Radar. Fez um curso de radialismo no SENAC-RS, e assim trabalhou em um programa de rádio na FM Cultura.

Em 2005 a Graforréia se reune para o lançamento de um novo CD ao vivo, Graforréia Xilarmônica ao Vivo (2006). O ano de 2008 marca o lançamento de seu terceiro disco solo, Volume 3, pela Monstro Discos, gravado no estúdio Tambor (Rio de Janeiro). A década encerra-se com chave-de-ouro, com Frank abrindo o show da banda americana The B-52s, mesmo nome do bar onde ele se apresentou pela primeira vez, em 1984.

Em 2011, Frank inicia o Mestrado em Comunicação na Unisinos. Em junho, recebe um convite da Ipanema FM para produzir e apresentar o programa Crocâncias diversas, que durou até 2012. Nunca fomos tão lindos é um álbum de 2021 de músicas inéditas em que Frank Jorge se afina com Alexandre Kassin, um requisitado produtor musical carioca. Vida longa ao nosso multitalentoso e multimídia amigo punk mais querido das querências!

Hasta la vista hermano!

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