tendências 2023

Bá experiência por Diogo Zanella/Estúdio Telescópio

Se vier comigo, você estará em evidência. Ficará mais informado, instruído e atualizado. 

Conhecendo-me, é fácil entender movimentos contemporâneos e preferências do senso comum. Mesmo que você não ligue pra mim, posso influenciar suas escolhas de forma sutil e imperceptível. Por isso, é melhor me conhecer. 

Não sou o Diogo nem o Rodrigo, que assinam a Bá experiência. Então, afinal, quem sou eu? 

Eu sou a tendência. Sai ano, entra ano, meu nome está na boca do povo. Nos textos das revistas. Nas listas divulgadas por veículos de moda, comportamento, tecnologia e negócios. Obrigado por se apresentar, tendência. Agora sim, Diogo assume o texto aqui.

Mesmo que você torça o nariz para ela, é preciso conhecê-la. Tudo bem, esse assunto é algo fabricado, não tenho dúvidas. Mas é também uma síntese da sociedade atual, dos anseios, dos desejos recentes e dos interesses em comum.

A Forbes, por exemplo, divulgou algumas inclinações que definirão o futuro do trabalho. Na lista, estão os escritórios multigeracionais, ou seja, aqueles com diversidade em termos de idade. O que faz bastante sentido, afinal, um levantamento da consultoria Ernst & Young, feito com a plataforma Maturi, mostrou que a população com mais de 50 anos já representa 26% da sociedade brasileira.

Flexibilidade como chave para atrair talentos também é tendência. Quem pode adaptar totalmente seus horários declara ter 29% a mais de produtividade, e capacidade de concentração 53% maior (obviamente, considerando profissões que permitem o trabalho à distância).

Ter uma vida com sentido no trabalho idem. É tendência. As prioridades da Geração Z no campo profissional são o tratamento justo de todos os funcionários, qualidade de vida, além de responsabilidade social corporativa.

Por fim, caso você seja CEO de uma grande empresa — ou pretenda ser —, saiba que, segundo a mesma lista da Forbes, 60% dos empregados querem CEOs que falem sobre assuntos controversos com os quais eles se importam. Assim como 80% querem CEOs aparecendo para discutir políticas públicas e mostrar o trabalho que a empresa tem feito para beneficiar a sociedade. 

Fiquei muito feliz ao ler a lista da Forbes (para ver a lista completa,clique aqui). 

Digo isso porque já fui uma pessoa que não se importava muito com esse tema. Já achei supérfluo falar sobre isso. Com o tempo, porém, percebi que informação de moda é conhecimento sobre cultura, história e comportamento. Que entender as tendências de design e de mercado faz parte do meu trabalho no Estúdio Telescópio. E, acima de tudo, como já mencionado neste texto, estudar propensões é aprender sobre o período atual.

Por isso a lista da Forbes me deixou animado. Saber que caminhamos para um cenário que inclui “diversidade de idade”, “responsabilidade social como prioridade” e “benefícios para a sociedade” é um alento. Mas quero ir além.

Que no próximo ano e nos seguintes possamos incluir em todas as listas de tendências o desejo por um mundo mais sustentável e com consumo consciente. Que consigamos compreender as pautas ambientais e do clima como uma discussão séria e urgente. Que o respeito à diversidade humana — e isso inclui crença, descendência racial, gênero e sexualidade — seja uma questão de obviedade, e não de posição política.

Assim como Glória Kalil diz que ser “chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda e verdadeiro com as pessoas“, que no próximo ano estar na tendência signifique saber respeitar. Aos outros, a nós mesmos e ao planeta. Feliz 2023.

No episódio do podcast Bá que papo conversamos sobre tendências de viagens, moda e trabalho. Acesse este link e ouça agora no Spotify!

Bá Experiência por Diogo Zanella/Estúdio Telescópio

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