Jennifer Lopez

Em 2012, foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) um estudo que constatou, por meio de ressonância magnética, algo interessante: falar de si mesmo dá prazer.

Quando contamos nossa própria história, segundo os pesquisadores, ativamos partes do cérebro ligadas ao prazer. As mesmas áreas estimuladas pelo paladar e pelas relações sexuais. Isso explicaria, portanto, por que muitas pessoas gostam tanto de falar de si. Faz sentido.

Certa vez, me deram um conselho. “Quando precisar conquistar a simpatia de alguém, seja um bom ouvinte. As pessoas gostam de falar sobre elas”. Não lembro quem me deu essa dica. Provavelmente, algum jornalista experiente, afinal, saber ouvir também é uma premissa básica do bom repórter na minha opinião.

E, por gostarmos tanto de falar sobre nós, talvez, existam várias obras autobiográficas. Ano passado, li as autobiografias Um Brinde a Isso, de Betty Halbreich — a icônica personal shopping da loja Bergdorf Goodman —, A Mulher em Mim, da Britney Spears, e Outra Biografia, da Rita Lee (perceba eu aqui falando de mim e comprovando o estudo sobre gostar de falar de si).

Mais recentemente, assisti ao filme This Is Me Now, no qual Jennifer Lopez conta, através de músicas do seu último álbum de mesmo nome, uma narrativa cinematográfica musical sobre sua trajetória amorosa.

Tem muito de ficção e é repleto de metáforas, claro. Não é literal. Ainda assim, é autobiográfico. Como ela afirmou em entrevista, “há partes que parecem muito autobiográficas, e há partes que são meio meta, não exatamente de uma forma, não exatamente o que aconteceu, mas também a sensação de que foi isso que aconteceu”.

O filme This Is Me Now é bonito e bastante pessoal, assim como o próprio álbum. E a cena que achei mais bela no longa é o encontro dela com ela mesma criança. Quando a JLo do presente retorna ao Bronx e ouve da JLo do passado algo como “você amou todo mundo, menos eu”. Uma clara mensagem sobre a importância de sermos felizes no amor sem jamais esquecermos o amor próprio e as nossas raízes. Um momento emocionante.

E tem participações ilustres no elenco, como Jane Fonda, Kim Petras e Sofia Vergara. Eu adorei. Obrigado, JLo.

Nesta semana, no podcast Bá que papo, conversamos sobre o filme This Is Me Now, disponível no Prime Video, e tudo que envolve a carreira da Jenny from the block. Ouça agora no Spotify clicando aqui.

Para ler outros textos da coluna Bá experiência, acesse este link.

Bá experiência por Diogo Zanella do Estúdio Telescópio

CategoriasSem categoria

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.