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Esta coluna pode ser cancelada a qualquer momento

Lizzo

Bá experiência por Diogo Zanella/Estúdio Telescópio

Esta coluna é escrita por mim, Diogo, jornalista no Estúdio Telescópio. O intuito por aqui sempre foi estender o assunto discutido no podcast Bá que Papo.

Tanto a coluna quanto o podcast são fruto da parceria entre o Estúdio Telescópio, uma agência de design e produção de conteúdo, e a Revista Bá. E, a qualquer momento, ambos podem ser cancelados

Caso você tenha pensado que os meus textos semanais e o Bá que papo vão acabar, pensou errado. Quando menciono cancelamento, faço uma alusão ao famigerado cancelamento que qualquer pessoa na internet está sujeita: o linchamento virtual.

Sim, de minha parte, esse receio existe. Principalmente quando se opina uma vez a cada sete dias em espaço aberto aqui na rede mundial de computadores. Por falar nisso, a minha primeira contribuição na Bá digital foi em 24 de abril de 2019, em uma publicação sobre o show que a Karol Conká fez em Porto Alegre, no Bar Opinião.

Para quem ficou na dúvida se eu gostei ou não da experiência assistir à mamacita, só uma dica: o título do texto é Por que me apaixonei pela Karol Conka. Como você deve ter imaginado, passei muitos panos para ela na época do seu cancelamento no Big Brother.

Agora, 4 anos depois, deparo-me com situação semelhante ao pensar sobre a cantora norte-americana Lizzo. Outra vez uma figura muito querida por mim, que sempre admirei não só pelo talento, mas também pela representatividade. Uma mulher preta e gorda. Que em 2021 foi vítima de ataques gordofóbicos e racistas após o lançamento do clipe da música Rumours. Uma artista cuja marca já estava sendo a do empoderamento e aceitação de todos os corpos. E que, neste momento, responde a sérias acusações — feitas por suas ex-dançarinas — de assédio sexual, body shaming (quando se ataca alguém verbalmente por causa de sua forma ou aparência física) e criação de ambiente de trabalho hostil.

É o fim da Lizzo? O cancelamento vem? As acusações são verdadeiras?  

Não é possível afirmar. Fato é que existem denúncias graves, em um caso aberto no Tribunal Superior de Los Angeles. E precisam ser averiguadas. Vale lembrar, porém, que não é de hoje que a tentam “cancelar”. 

A hashtag #LizzoIsOverParty (“a Lizzo acabou”) já foi levantada por fãs da Ariana Grande, em 2019, após a música Good as Hell, de Lizzo, ter ficado em sexto lugar na parada Billboard Hot 100. Essa canção tem um remix com participação da Ariana Grande, fato que contribuiu para Good as Hell entrar nos charts. Mas Ariana Grande não estava creditada.

Em 2020, foi a vez dos fãs da banda One Direction levantarem a mesma hashtag. O motivo da revolta seria o vídeo no qual Lizzo canta com Harry Styles, o vocalista, em Miami. Enquanto dançavam, ela aparentemente tentou agarrar a bunda do amigo, que sorriu e a agarrou de volta. Ainda assim, os fãs a acusaram de sexualizar o cantor.

Perseguição? Coincidência?

Mais uma vez, não julgarei. Aguardarei o desenrolar dos fatos e do desfecho judicial. Não por receio de tomar partido, afinal, quando se trata do julgamento da internet, independente da opinião que se tome, tudo pode acontecer. É por isso, inclusive, que esta coluna pode ser cancelada a qualquer momento.

No episódio do podcast Bá que Papo desta semana, recebemos o youtuber e publicitário Gabriel Mahalem para uma conversamos sobre os principais acontecimentos da semana no mundo pop: a possível entrada da Miley Cyrus em uma seita após ela desaparecer, as acusações contra a Lizzo, a recuperação da Madonna e a sua aparição em um show da Beyoncé e a biografia de Britney Spears.

Ouça agora no Spotify clicando aqui. Para ler outros textos da coluna Bá experiência, acesse este link.

Bá experiência por Diogo Zanella/Estúdio Telescópio

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