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Ser preso injustamente nunca foi algo para a Elite

Anitta 7ª temporada de elite

Bá experiência por Diogo Zanella/Estúdio Telescópio

Semana passada a cantora Anitta foi confirmada na 7ª temporada de Elite, uma produção original da Netflix Espanha. Série da qual, inclusive, eu nunca tinha ouvido falar. Fui atrás de informações.

Descobri que a história se passa em um colégio, com personagens adolescentes, pensei: que chatice. Aliás, não só pensei, como também vocalizei: “deve ser algo muito zoado”. Queimei a língua.

Assisti à primeira temporada, que começa quando, em Madri, o teto de um colégio público desaba, deixando os estudantes sem poder frequentá-lo. Como forma de se redimir, a construtora responsabilizada pelo acidente oferta três bolsas de estudo no Las Encinas, um colégio de elite. Samuel, Nadia e Christian ganham a bolsa de estudos. 

Já no primeiro dia de aula ocorre um encontro tenso entre duas realidades: os estudantes de baixa renda e os estudantes ricos. Os alunos do Las Encinas são de famílias de grande influência política e econômica. Daquele tipo que enxerga os professores como um funcionário, não como um educador. Sabe o famoso “nossos pais pagam o seu salário”?, que acontece em algumas tradicionais escolas particulares brasileiras? Pois bem.

E o mais intrigante: os estudantes Las Encinas, em sua maioria, não apoiam a ideia dos bolsistas.

Além de abordar essa relação ‘ricos x pobres’ e situações de privilégios, Elite é provocativa e despudorada. Expõe a sexualidade vivida na adolescência sem moralismo. Retrata essa fase da vida como ela realmente é: com descobertas e excessos. Descobertas sexuais e descobertas sobre o nosso papel no mundo. Excesso de álcool e excesso de busca por aceitação e por identidade. Ainda que, para isso, seja necessário diminuir o outro.

Como fazem com a Nádia, a única menina entre os bolsistas, vem de uma família muçulmana. Acaba sendo alvo de bullying não só pela sua condição financeira, mas também precisa enfrentar a xenofobia e intolerância religiosa da escola.

Toda temporada tem um crime, cujo responsável só é revelado no último episódio. Ao longo dos episódios, cenas dos depoimentos colhidos na investigação vão nos dando pistas de quem pode ser o assassino e quais seriam as motivações.

Só um spoiler leve: a Marina, personagem que é assassinada, não é do trio de bolsistas. Ela faz parte dos alunos ricos. E o autor do crime não é Samuel, nem Nadia, nem Christian. Mas, claro, adivinha quem são os principais suspeitos? Pois é.

Mais um spoiler: um familiar de um dos alunos bolsistas é preso, injustamente, acusado de ter cometido o assasinato. Como inúmeras vezes já aconteceu no Brasil também. Soa até familiar.

A 7ª temporada, que tem Anitta, deve estrear este ano, mas ainda não tem data confirmada. As gravações terminaram esta semana. Curioso com o que virá.

No podcast Bá que papo desta semana fizemos um bem bolado com as atualidades dos últimos dias: Oscar, O Auto da Compadecida 2, Anitta estreando como atriz na série espanhola Elite e o sucesso de Endless Summer Vacation de Miley Cyrus com direito a documentário no Disney +.

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Para ler outros textos da coluna Bá experiência, acesse este link.

Bá experiência por Diogo Zanella/Estúdio Telescópio

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