Maio de 1968 representou o auge de um momento histórico de intensas transformações políticas, culturais e comportamentais que marcaram a segunda metade do século XX. Para lembrar os 50 anos dos eventos ocorridos na França e em todo o mundo, a exposição Au Coeur de Mai 68 consiste em fotografias de Philippe Gras, acompanhadas de um filme de Dominique Beaux, ambos artistas franceses. A mostra pode ser conferida até 15 de maio, na Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085, Centro Histórico), com entrada franca.

O relato fotográfico de Gras difere pela qualidade artística e pelo olhar empático e distanciado. Já a série de Beaux permite uma releitura dos eventos pelo prisma de depoimentos e ajuda a compreender os pontos fortes e fracos de uma ordem social vacilante em seus fundamentos. Paralelamente, a Aliança Francesa de Porto Alegre e o Capitólio promovem um ciclo de cinema francês sobre o tema. A mostra Destrua-se – Maio de 1968 no cinema apresenta filmes realizados no calor da hora, durante a ebulição francesa do período, e reflexões posteriores que trazem novos olhares aos acontecimentos.

Obras de diretores essenciais, como Jean-Luc Godard, Chris Marker e Philippe Garrel, fazem parte da programação, que acontece de 3 a 16 de maio. Um dos grandes destaques da mostra são filmes do Grupo Zanzibar, movimento de jovens cineastas franceses, atuantes no final dos anos 1960 e início dos anos 1970. Para fechar a programação, no dia 12, às 19h30, rola uma edição do Débats d’idées sobre esse movimento, com a participação do artista Michael Chapman e do diretor de cinema Renato Coelho. A mediação será feita pelo jornalista Roger Lerina.

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