“Deus me proteja de mim. E da maldade de gente boa”  

Chico César

Santo que não bate, energia que não fecha. Tem pessoas que realmente nos favorecem com a sua ausência. Quase sempre é mútuo. A gente sente aquele climão no ar e se afasta. É a prova incontestável e científica de que energia existe e pode atrair ou repelir. 

A primeira lição que esses anjos nos fornecem gratuitamente é que estamos percebendo neles algo que não reconhecemos em nós mesmos ou colocamos para baixo do tapete propositalmente. Isso é o básico. 

O que ninguém fala dessas almas terríveis é o quanto elas nos ajudam. Sempre que tive algum problema dessa espécie mais adiante quem achou que estava causando dano me ajudou de alguma maneira. Um deles me auxiliou a fechar uma empresa e, com isso, reduzir burocracia e valor pago de impostos. Outra foi uma espécie de farol que me guiou para fora de um labirinto no qual estava perdida. Ela foi um incentivo na decisão de sair de um empreendimento que não tinha sintonia comigo. Assim como o legado de uma cliente foi essencial para eu colocar limites mais claros nas relações profissionais.   

Ouvi dizer que antes de encarnar neste plano terreno fizemos várias escolhas e, inclusive, combinamos essas relações conflituosas. Foi apaziguadora essa visão. Por que? Porque essas dificuldades nos ajudam a crescer. Temos que superar nossas limitações e dar um twist duplo carpado e cair de pé do outro lado. De preferência, pois a outra alternativa é cair. De qualquer maneira, sobrevivemos à queda e ficamos mais atentos por conta das cicatrizes. 

Saber que essa cena foi ensaiada antes e faz parte de um plano de evolução nos ajuda a não sentir raiva, mágoa e nem arrastar por anos esses sentimentos. O desgaste que essas relações nos trazem força até mesmo aqueles que não gostam de se posicionar a agir. Nem que a ação seja correr para longe. Ou ainda aprender a colocar a faca entre os dentes e atacar com seus recursos. Se tiver sorte aquele que se dizia vítima, descobre que pode morder e bem forte, inclusive. E o que ele perde? A fantasia que é sempre bonzinho, bem intencionado e ingênuo. E a chance de colocar sempre a culpa do que não deu certo no outro.

Por isso, minha sugestão é: agradeçam às almas terríveis. Procurem compreender que lição ela veio te ensinar. Ser mais flexível? Menos julgadora? Sair do lugar de vítima do mundo? Ou de dona da verdade? Zarpar de um lugar que não te pertence? 

Mas, mesmo sabendo que o final é sempre feliz, é bom aprender a proteger corpo, mente e emoções. Selar os corpos sutis para as vibrações negativas. O chakra do Plexo Solar, quatro dedos acima do umbigo, é a principal porta de entrada dessas energias densas externas. Como a energia obedece o mental, a receita para fechar o campo é colocar a mão em cima desse chakra, dar um comando mental de fechá-lo para qual vibração que seja densa. Não custa também ao fazer esse gesto acompanhá-lo com algumas palavras. Vale até letra da musa Rita Lee: Deus me proteja da sua inveja. Deus me defenda da sua macumba. Deus me salve da sua praga…

Obs: Enquanto escrevia essa crônica, possivelmente para me inspirar, minha paciência foi testada por uma alma terrível na forma de uma gata que me arranhava e se pendurava no fio do laptop até desligar. Com certeza, tudo combinado, embora não lembre bem,,,

Por Liège Alves, jornalista, terapeuta floral e mestre em rakiram. Ilustração: Colagem de Liège Alves

CategoriasSem categoria
    1. Karla Duarte Cassel says:

      Na primeira crônica da Liège, senti que ela me pegou pela mão e me levou para passear. Sigo o passeio com a mesma sensação. E agradeço as almas terríveis que passaram pela minha vida .

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.