Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.
Este ditado popular, de todos conhecido, vai servir de base para esta coluna. Há poucos dias, perdi um grande amigo. O Berfran Rosado morreu de uma forma estúpida, com apenas 65 anos. Gozava de plena saúde; fazia exercícios diários; alimentava-se de forma saudável e bebia bem menos do que eu. Uma doença estranha e rara liquidou com ele em 45 dias.
Essa tragédia fez-me pensar (e ainda faz) na efemeridade da vida. Porra, vou fazer 90 no ano que vem e o Berfran morreu com 24 anos menos que eu! Sejam vocês moços, maduros ou velhos, sim, planejem o futuro, os mais jovens; sonhem com o amanhã, os mais velhos. Porém, vivam o hoje como se fosse o último dia de suas vidas. Façam tudo o que quiserem fazer agora. Não deixem para depois o que puderem resolver neste momento. Eu estou trabalhando num assunto que me absorve, mas que era tratado meio de lado, dando preferência a muitas coisas menores. Trata-se de um livro sobre a figura complexa e indomável do Paulo Sant’Ana. Depois do que aconteceu com Berfran, estou me dedicando à sua produção como se não houvesse amanhã. O livro está praticamente pronto. Sei lá se poderia produzi-lo mais adiante. O passado passou; o futuro é uma enorme interrogação. Vamos nos concentrar no hoje e dele tirá-lo tudo o que for possível fazer.
Fernando Ernesto Corrêa, advogado, empresário e jornalista
Fernando sempre uma aula.
Texto maravilhoso e pontual.