José Mujica ficou mundialmente conhecido quando, entre 2010 e 2015, assumiu o governo do Uruguai e toda a mídia internacional voltou os olhos para o presidente mais pobre do mundo.

Longe de atender ao protocolo que se espera de um chefe de Estado, José Mujica foi o primeiro homem a entrar sem gravata no palácio real da Bélgica. No da Suécia, esqueceu o presente do rei sobre uma mesa, o que provocou uma paranoica operação antibombas para dar conta da aparente ameaça. Alheio aos padrões do mundo moderno, com seu jeitão despojado e melenas em constante desordem, não raro acontece de ele driblar a segurança comandada por seu braço direito, o Turco, e dirigir em um de seus Fuscas azuis até um boteco da redondeza para uns goles com os amigos. Deleite da imprensa uruguaia, que não perde a chance de tirar de Don Pepe uma pérola com potencial de manchete.

Sim, seu temperamento espontâneo já o deixou em saias justas, como quando comentou com o microfone aberto sobre a então presidente da Argentina “esta vieja es peor que el tuerto”, referindo-se ao marido de Cristina Kirchner, o também ex-presidente Néstor Kirchner.

Também deixou escapar que Lula estava por dentro do mensalão, e, que Raúl Castro deixaria o governo cubano. Assim é Pepe Mujica. Homem simples, político astucioso, presidente inusitado, ranzinza e indomável em relação às “regras” que a vida pública exige, ele fala o que quer e exatamente o que pensa. E o que pensa vai contra o trololó demagógico das ideologias dominantes, de direita ou de esquerda.

Sua personalidade é uma efervescente sopa de ideologia, rusticidade, casmurrice, com largas e raras doses de exemplo. Filho de Demetrio Mujica Terra e Lucy Cordano, José Alberto Mujica Cordano nasceu no dia 20 de maio de 1935 no Paso de La Arena, em Montevidéu, em uma família de origem basca da cidade de Múgica. O pai morreu em 1940, quando ele tinha apenas sete anos.

A forte presença do tio nacionalista, Ángel Cordano, influenciou-o na formação política. Sua mãe, Lucy, também militante, foi quem o apresentou, no ano de 1956, ao deputado nacionalista Enrique Erro. Mujica chegou a ser secretário-geral da Juventude no Partido Nacional, hoje seu principal opositor. Nas eleições de 1958, quando Erro foi designado ministro do Trabalho, o jovem idealista o acompanhou. Em 1962, ambos saíram do Partido Nacional e criaram a Unión Popular.

Ainda nos anos 1960, passou a integrar o Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros. Na clandestinidade, atuou em operações de guerrilha, participou de assaltos, sequestros e da Tomada de Pando, em 8 de outubro de 1969, quando os tupamaros tomaram Pando, cidade que fica a 32 quilômetros da capital. Nos confrontos, foi ferido por tiros, e os 15 anos seguintes de sua vida foram na cadeia. Boa parte deles em uma solitária sem falar com ninguém nem ler algum livro.

Com a volta da democracia, foi libertado em março de 1985 e, anos depois, criou o Movimiento de Participación Popular (MPP), dentro da Frente Ampla. Em 1994, foi eleito deputado pela cidade natal. Sua bruta presença – expressão que ele, inclusive, adora usar – na cena política chamou atenção e, em 1999, foi eleito senador. Em março de 2005, o então (e atual) presidente da República, Tabaré Vázquez, nomeou-o ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca. Três anos depois, deixou o cargo para ser pré-candidato, e no dia 1º de março de 2010 prestou juramento como presidente da República Oriental do Uruguai no Palácio Legislativo, com 52% dos votos válidos. Além de prometer dirigir seu astuto olhar para a educação, a segurança, o meio ambiente e a energia, seu maior objetivo foi erradicar a miséria e reduzir a pobreza em 50%.

Nos cinco anos em que governou, a taxa de pobreza encolheu de 37% para 11%. É casado com a senadora Lucia Topolansky. Entre gatos, cães e a natureza, o casal, que optou por não ter filhos, mora em uma chácara em Rincón del Cerro, na zona rural de Montevidéu, onde cultiva flores e hortaliças. Enquanto presidente, Mujica ganhava 230 mil pesos mensais (cerca de R$ 22,122 mil), e doava quase 70% para a Frente Ampla e para um fundo de construção de moradias. O restante do salário (30 mil pesos mensais, cerca de R$ 2,8 mil) era e é o suficiente para se manterem. Ele disse não aos benefícios do governo, não morou no palácio presidencial e, embora já fosse uma marca do país, fincou de vez a bandeira celeste no mapa das nações progressistas.

Em 2012, ao lado de Cuba, o Uruguai, que é o segundo menor país do Continente depois do Suriname, toma-se o único país latino-americano a legalizar o aborto. Outra lei aprovada foi a do matrimônio igualitário, em 2013, permitindo aos homossexuais a adoção de crianças. A legislação hermana também fez possível o ingresso de homossexuais nas Forças Armadas.

A terceira e mais polêmica lei foi a legalização da maconha, cujas características a fazem única no mundo. Como em outros países, já era possível cultivar e ter erva para consumo próprio, mas Mujica colocou na mão do Estado a regulação da produção, da venda, da distribuição e do consumo de droga mesmo contra a vontade da maioria dos uruguaios.

Parte de seus conterrâneos não aprova seus programas, tampouco a escassa diplomacia de seu exótico representante. Muitos uruguaios garantem que nem sempre foi o “país das maravilhas” que a imprensa estrangeira exaltava. Mujica reconhece pendências na infraestrutura, na educação e na segurança.

Sempre instigantes e muitas vezes polêmicos, seus conceitos sobre vida, felicidade, amor e justiça social têm tanto a leveza do cotidiano quanto o peso dos anos de cárcere.

Em um continente em que a cleptocracia reina nos diversos segmentos da sociedade, exerceu o seu mandato com isenção republicana. Se as bizarrices de seu jeitão anárquico ganharam os quatro cantos do planeta, foi pelo seu legado político – significativo, até revolucionário – que ele já entrou pela porta da frente da história.

O que o senhor queria ser quando crescesse?

No princípio, queria fazer algo como Engenharia Agrônoma. Depois, mais velho, gostei de assuntos a ver com história, e não me dava conta de que gostava da política. Então entrei na luta social política.

Como eram seus pais?

Eu tinha sete anos e meio quando morreu o meu pai. Minha mãe era descendente de imigrantes italianos. De uma família rural da zona de Colônia. Meu pai era filho de pecuarista de Florida. Sua vida foi muito dura e ele perdeu quase tudo. Quando encontrou minha mãe e se casaram, ele trabalhou no Ministério do Transporte, e morreu relativamente jovem. Éramos pequenos e vivíamos só com minha mãe. Foi bastante difícil. Vivíamos em um bairro perto daqui. Um bairro onde está morrendo a cidade e está nascendo o campo. Nem são urbanos, nem são rurais.

Quais seus sonhos nessa época?

Fiz esporte, fui ciclista. Tinha vontade de sair a caminhar. De ir a outros países. Depois, fiz o Liceu e começaram as dificuldades. O Uruguai estava mudando muito, porque, depois da II Guerra Mundial, os termos dos intercâmbios mudaram muito, e isso foi um golpe para o Rio da Prata. Para o Uruguai e a Argentina.

O Império Britânico não nos tratou tão mal como o que veio depois. Na época da supremacia inglesa, era igual a estabilidade nos termos de intercâmbio. Depois veio a liberdade, pobres de nós, a liberdade da Pax Americana, e começamos a ter um mundo protegido. A Europa se fechava, os termos de intercâmbio cada vez se deterioravam mais. Então era um país que, em 1920 e 1930, tinha um capital como da França ou da Bélgica. Depois ficamos estancados e começamos a nos dar conta.

Éramos quase primeiro mundo, e de repente nós tivemos que nos dar conta de que era uma ficção, que não éramos primeiro mundo. Na minha juventude, vivi esse processo, um processo em que cada vez nos parecíamos mais com o resto da América Latina. E tu sabes que, quando está mal durante muito tempo, uma sociedade provavelmente vive resignada. Mas quando tu vives relativamente bem e perdes de repente, isso é igual a rebeldia.

Isso veio a coincidir com o impacto da Revolução Cubana e com esse tempo efervescente que vivia o mundo, que não se pode transmitir com palavras. Pensávamos que a mudança estrutural da economia era possível. E que a mudança estrutural da economia, da produção e da distribuição iria gerar as condições para um novo homem. Um tempo de linda ilusão. Como toda ilusão, cometeu o erro de reduzir a mudança histórica a uma questão material. Não entendeu que, se não muda a cultura, no fundo não muda nada. Que são mais fáceis as mudanças materiais, mudar as relações de propriedade e aparentemente de distribuição. Mas se não muda a cultura, a gente segue sendo a mesma.

E na realidade o capitalismo não é só uma forma de produzir e distribuir. Também gera uma cultura. E é essa cultura que nos mantém controlados. Muito mais do que os exércitos e o jurídico. E a construção de uma contracultura que nos liberte disso é uma tarefa pendente. Que os clássicos dessas formações sociais não poderão ver, dar-se conta. Por isso vou falar com os jovens das universidades. Porque eles vão ser os futuros proletários em um mundo em que não vou estar vivo. O mundo que vem não pode renunciar à tecnologia, o próprio capitalismo o guia. Mas vai necessitar de mão-de-obra cada vez mais qualificada, porque a mão de obra bruta, antiga, não vai gerar a mais valia, nem é funcional nessa economia tecnológica. Necessita incentivar e multiplicar a população estudantil universitária, e ali está, também, parte do seu desafio. Como o capitalismo vai conseguir arrebanhá-la?

Pois é relativamente possível arrebanhar as massas sem qualificação, a gente sacrificada, com pouco horizonte intelectual. O desafio vai estar mais em frente. Eu não tenho uma resposta clara, mas creio que é o grande desafio. Porque andando pelo mundo, dou-me conta de que nem todos são os mesmos. Que o mais movediço e o mais demandante está nos pisos das universidades dos países centrais. Há os Estados Unidos reacionários em uma superestrutura republicana e no Congresso, mas há também potencialmente uma estrutura revolucionária nos jovens universitários que estão nos pisos das universidades populares, e cada vez a própria sociedade requer mais deles. Aí está minha esperança humanística, mas eu não a verei. Por isso também vou frequentemente ao Brasil falar com os jovens.

Na minha opinião, o grande problema do Brasil é a falta de educação estrutural e básica. O que acaba causando todos os outros problemas em uma população de muita gente. Como mudar essa cultura de falta de educação depois de tanto tempo?

O que acontece é que o Brasil tem um atraso muito grave. O Brasil criou sua primeira universidade por volta de 1922, creio. Isso é incrível. No resto da América, havia países que tinham criado sua primeira universidade havia 50 anos. E outros, cem anos antes, como a Universidade de Córdoba.

No Brasil, a oligarquia brasileira mandava seus filhos estudar e pensava: não precisamos de uma universidade. É incrível, mas é assim. Uma direção política classista no campo do conhecimento. Isso creio que amputou o Brasil durante muito tempo. Depois, se minha memória não falha, quando assumiu o governo Lula, havia uns 3 milhões de universitários no Brasil. Quando saiu do governo, 7 milhões. Mas o fruto da educação é lento, como plantar carvalhos, madeira dura.

Sobre as cotas, o senhor acredita ser uma forma eficaz para levar mais alunos às universidades?

Eu creio que sim. Mas para isso necessita-se de uma política de transferência de recursos. Porque senão o pobre não termina. Não chega. Mesmo no nosso país, em que a educação é gratuita há mais de cem anos, o desafio econômico impõe, mesmo que o ensino seja gratuito, os custos de estudar e se manter, que não são possíveis para a maioria da gente pobre se não há um estímulo econômico que permita estudar. Isso é mais complicado no Brasil. Não se pode permitir que pais pobres gastem com a formação universitária de seus filhos. O Estado não tem política específica de transferência de recursos. E isso é sempre ter maior pressão fiscal aos que mais têm, não tem volta. E isso gera tensão e confronto na sociedade.

A política pública cultural uruguaia mantém companhias nacionais de ballet clássico, orquestras e coros nacionais. Como estimular a política cultural em um país?

Há coisas que vão te parecer milagres porque o Uruguai é um país muito pequeno. Mas o que acontece é que éramos um país, desde sempre, muito reformista, lá por 1900.

Esse país foi o primeiro a permitir o divórcio, em 1914, pela vontade das mulheres. Foi o primeiro que reconheceu a prostituição, e a organizou, e a legalizou. Nacionalizou a produção de álcool de bebida, álcool de boca. Durante 50 anos, o único que produzia álcool de boca, canha, grapa, uísque era o Estado.

O fazia bem e cobrava um pouco mais caro para atender à saúde pública. Este é um país onde desde 1910 a energia elétrica está nas mãos do Estado. Onde a refinaria de petróleo, desde que se fundou, está nas mãos do Estado. Onde os serviços de água corrente das cidades estão nas mãos do Estado, os principais bancos são do Estado.

É um país distinto. Não é um país socialista, mas não é um país capitalista ao estilo do resto dos países da América. O Estado tem uma bruta presença em quase todas as partes. No serviço telefônico, a principal companhia do Uruguai é do Estado. E isso que tem alguns defeitos. Porque o Estado não é maravilhoso. Tem também contrapartidas. O ingresso que geram se reparte na sociedade.

Talvez uma empresa pública estrangeira possa estar melhor administrada, mas os dividendos se vão para fora. Portanto, uma melhor administração é pouco se estás com as velas abertas, e se te levam os recursos.

Um dos defeitos do Estado é que por vezes há trabalhadores demais, mas no fundo os salários ficam na redondeza. Por isso é muito melhor uma regular administração do Estado do que de uma eficiente companhia estrangeira, que vai levar todo o lucro do trabalho para fora do país. Isso é uma diferença abismal no largo prazo quando percebemos a torrente de dinheiro que se vai para fora. E isso devemos aos nossos avós.

Por isso, para nós, é natural legalizar o aborto, por exemplo, em um mundo cheio de preconceito. E o legalizamos porque acreditamos que é a melhor maneira de salvar a maior quantidade de vidas. Porque não deixamos as mulheres sozinhas. Tratamos de acompanhar as mulheres que vivem esse drama, e fazemos tudo o que podemos para dissuadi-las da decisão. E isso é muito importante para essas jovens que às vezes não são compreendidas pela sua gente, pelos seus familiares. E se em definitivo decidirem manter a decisão, não será um trauma e temos garantida a saúde. Caso contrário, vão seguir existindo esses abortos clandestinos por toda parte. Os pobres vão para qualquer lado e se cria uma injustiça a mais, em cima da que já existe. Esse é um patrimônio que herdamos dos nossos avós. 

Por isso muitas coisas irão surpreender-te no Uruguai, porque nós vivemos esse processo antes. Se fôssemos um país grande, a história diria que a social-democracia fundou-se no Uruguai. Porque estou te falando de coisas que aconteceram em 1910, 1914.

Quando nem se podia pensar em muitos temas, no Uruguai se discutiam. Nessa mesma época, já era um país laico, o presidente que impulsionou essa reforma chamava-se José Battle y Ordóñez, que escrevia Deus com letra minúscula e separou a Igreja do Estado.

Qual dos projetos de lei do seu governo foi mais polêmico e impactou a sociedade uruguaia: o da legalização do aborto, da maconha ou a união homoafetiva?

A legalização da maconha teve muita resistência e tem todavia ainda. Custa-se a vencer o preconceito. É uma reforma morna, insignificante. Não se pode combater a droga. Temos que legalizá-la, e regulá-la, e educar as pessoas para que não consumam. Não vamos terminar com a droga, mas terminamos com o narcotráfico se lhe roubamos o mercado. Pelo menos terminamos com um problema e ficamos somente com um problema médico para atender, mas há que ter coragem cívica para isso.

Com o narcotráfico não se pode lutar, pela taxa de lucro que eles têm, acaba com tudo. Somos estúpidos se continuamos entrando, porque compram as pessoas. Fazem esse jogo, oferecem dinheiro ou balas. Os órgãos de repreensão e as pessoas não são heróis. Pobre gente, não são Che Guevara, não são heroicos. A massa de gente que podemos por na polícia não é assim.

Mas está faltando coragem para enfrentar o preconceito da sociedade.

Fale sobre os 15 anos que o senhor passou preso. Numa entrevista, o senhor disse que não leu e ficou pensando muito… Fale um pouco da cadeia.

Não me davam livros (risos irônicos). Não me deixavam.

Não há mágoa?

Eu não me dedico a olhar para trás… A natureza nos colocou os olhos na frente. Vivo para o amanhã. As penas do passado ninguém vai te compensar.

O que passaste, passaste. Os golpes que tiveste, tiveste. A pessoa não pode viver lambendo suas feridas ou tendo pena de si mesma. Ficar cultuando o herói sacrificado ou viver da renda política do sacrifício que passei. Ao fim e ao cabo, lutei por uma mudança e paguei o custo, e não pude realizar a mudança. E a mudança que eu pretendia não era uma brincadeira. Eu ainda tive a sorte de ficar vivo. Com isso não estou fazendo apologia, nem nada do estilo. Mas não quero viver da renda básica do sacrifício vivido porque foram sacrifícios amargos, mas me ensinaram. Não seria quem sou se não tivesse vivido os anos que vivi. E aprendi uma regra de ouro que queria te transmitir: aprende-se muito mais nas dores e nos golpes do que nos triunfos.

Os triunfos não fazem outra coisa senão colocar vaidade nas pessoas. E deixá-las orgulhosas. O golpe te ensina, te endurece e te ensina a fazer melhor. Porque te dás conta do muito que não sabes. E do muito que fica por tazer. Mas ainda assim a única afirmação que cabe é que a vida é bela. Mas temos que cuidar na vida é da gente, das pessoas.

O presente mais grande que temos é estar vivos. E lamentavelmente nos esquecemos de que é um minuto e que não podemos ir ao supermercado comprar vida. Portanto temos que tratar de gastar e de cuidar da vida, das coisas que nos gratificam. Isso se chama liberdade.

Sobre os próximos capítulos do Brasil?

Não sei. É um mistério. O Brasil é demasiado grande e tem repercussões em todos nós. Brasil é uma grande potência que não se dá conta. Não se dá conta de que está fechado em si mesmo. E não se dá conta de que chegamos tarde e que, se chegamos tarde, não há outro caminho que não seja nos equiparar e nos juntar de alguma forma: todos.

Porque o mundo central tomou muita distância da gente no campo do saber. Coréia do Sul registra mais patentes que toda a América do Sul. Estamos perdendo a batalha na propriedade do conhecimento. De novo, conhecimento. Ainda não temos nossa inteligência integrada, nossas investigações coordenadas. Fazer programas comuns às nossas universidades. E muito difícil caminhar se não nos integrarmos com os que levam 200 anos de vantagem, o mundo central. E isso é muito tempo. Te deixo, me vou.

Mariana Bertolucci

Foto: Andréz Ignacio Dominguez (Negromate Films); Produção: Eduardo Alvares

(Entrevista concedida em março de 2016 para edição #15 da Revista Bá por Mariana Bertolucci impressa)

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