Chama-se Mix Media a exposição inédita de Patrick Conrad e que apresenta mais de uma centena de obras sobre papel, utilizando técnicas mistas, como colagem, desenho e pintura. O artista belga multimídia já publicou mais de cinquenta livros publicados, traduzidos em diversas línguas. Dirigiu vários filmes de ficção e documentários e também é poeta. As suas obras de artes plásticas estão expostas em diversos países. A mostra poderá ser visitada até dia 26 sempre de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
Seguem abaixo os textos de Renato Rosa, crítico de arte e autor do Dicionário de Artes plásticas no Rio Grande do Sul e do engenheiro, artista plástico e gestor cultural Paulo Amaral sobre a arte de Conrad.
“Desde o dia que resolvi palmilhar a biografia de Patrick Conrad me convenci de que passaria a ter um convívio com um artista total com carreira internacional exitosa em todas as áreas onde atuou fosse através da linguagem literária, cinematográfica ou plástica. Livre e múltiplo. Agora, em sua escolha (consciente) na maturidade, Patrick Conrad optou por viver em nossa leal e valorosa Porto Alegre e o fez por amor. Vejo Patrick Conrad e sua multifacetada abordagem plástica poderosamente gráfica, crítica e densamente dramática. Contudo percebo muita leveza em seus traços e cores já ‘contaminadas’pelas novas luzes da terra de adoção.”
Renato Rosa, Marchand e dicionarista
Sobre Patrick Conrad
“A temporada de inverno acende grande expectativa pela exposição do multifacetado intelectual Patrick Conrad, no Museu de Arte do Paço (MAPA). Belga de nascimento (Antuérpia, 1945), Conrad é em verdade uma dessas personalidades pertencentes ao mundo, com sua ampla visão crítica e destreza naquilo que faz – e o faz de forma magistral. Pintor, novelista, poeta e roteirista – esteve em Porto Alegre pela primeira vez em 1987 para a Mostra Internacional de Cinema, selecionado pelo filme “Máscara”, estrelado por Charlotte Rampling e Michael Sarrazin. Sua filmografia conta mais de 20 inserções. Como escritor, publicou em torno de 50 livros escritos em flamengo, sua língua nativa, traduzidos para diversos idiomas como inglês, francês, alemão e chinês. Tive a oportunidade de encontrar e ler um desses romances, traduzido para o francês sob o título Au fin fond de décembre (Nas profundezas de dezembro) – verdadeira joia do romance noir. Desta forma, sua arte está impregnada de recortes de uma vida feita de experiências profundamente ricas – e raramente vividas. Conrad nos premia nesta exposição com cerca de 150 obras em técnica mista, todas criadas em Porto Alegre, cidade que escolheu há dois anos para viver com sua mulher Jane. Trata-se da primeira exposição de artista internacional no recém criado Museu de Arte do Paço (MAPA), motivo de muita honra para a comunidade que acolhe Patrick Conrad com muito orgulho.
Paulo C. Amaral, Coordenador de Artes Visuais da SMC/Prefeitura de Porto Alegre