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A História Perdida das Benzedeiras Gaúchas

A História Perdida das Benzedeiras Gaúchas terá sessão de autógrafos no Salão Nobre da Ari na próxima quarta-feira (4/6)

O lançamento do livro que resgata histórias das benzedeiras gaúchas aconteceu na última semana em Encruzilhada do Sul, na escola onde o autor Carlos Wagner estudou

Uma das atrações da Semana da Imprensa da ARI, a Sessão de Autógrafos do livro A História Perdida das Benzedeiras Gaúchas será realizada hoje (4/6), às 20h no Salão Nobre da Associação Riograndense de Imprensa (Av. Borges de Medeiros, 915-8º andar).

O livro é uma publicação do selo Bá Editora/Araucária, dos jornalistas Mariana Bertolucci e Antônio Wenzel Luzzato, que assina o projeto gráfico.   

De autoria do jornalista e escritor Carlos Wagner e com imagens do fotógrafo Emílio Pedroso, a obra já foi lançada na última semana em Encruzilhada do Sul. O lançamento com sessão de autógrafos foi realizado em um lugar muito especial: onde o jornalista e escritor estudou e passou boa parte da infância, a Escola Municipal de Educação Básica Barão do Quaraí.

A ocasião reuniu a comunidade escolar, amigos, conhecidos e moradores da região:

“Eu me senti extremamente realizado por ter o respeito das pessoas com quem eu convivi na infância e passei boa parte do meu tempo. E de olhar os rostos jovens e a curiosidade deles de saber o que é ser um repórter, um jornalista.”

Um dos mais premiados jornalistas brasileiros, Wagner ganhou pelo menos 38 prêmios, sendo sete Prêmio Esso Regionais, e é autor de mais de 20 livros, além de ser citado em coletâneas de entrevistas e reportagens sobre jornalismo investigativo.

Para produzir sua mais recente obra, Wagner teve a preciosa participação o repórter-fotográfico Emilio Pedroso, outro conhecedor dos rincões gaúchos e seu parceiro e amigo desde o início da carreira. A dupla rodou cerca de 15 mil quilômetros, de Porto Alegre para os quatro cantos do território gaúcho, para conversar com benzedeiras e benzedores. A alta quilometragem foi ocasionada pelas chuvas de maio de 2024, que estragou as estradas e aumentou os trajetos. O que não chega a ser um problema para Carlos Wagner, que é da escola dos repórteres estradeiros. Com ele não tem tempo ruim. Encara qualquer história e tem uma predileção pelas árduas e longínquas. De bloco em punho e ouvido atento, mete o pé no barro, na poeira, onde quer que esteja a boa história que deseja contar:

“Eu gosto de fazer coisas do tipo Brasil de bombachas, benzedeiras, sobre indígenas, sem-terras… São elos importantíssimos da nossa história que deveriam estar na história oficial e não estão. Me sinto muito feliz de lançar o livro das benzedeiras no berço onde eu me criei. É emoção demais para o coração de um velho repórter estradeiro.” 

As páginas da obra revelam personagens marcantes da prática milenar de ajudar na cura dos males do corpo e da alma que aprenderam e passam de geração em geração os segredos das ervas, as curas dos chás, das benzeduras e da fé. Nilson Mariano, outro cânone do jornalismo gaúcho, amigo e colega da vida toda do autor assina o prefácio exaltando a importância do ato de benzer. Não importa a quem e não se pede nada em troca:

“Este livro já se justificaria por expor o trabalho generoso das benzedeiras. Mas vai além. Traz pesquisas científicas que atestam o poder terapêutico da benzeção e a eficácia dos vegetais (fitoterápicos). Não se trata de rivalizar com a Medicina, longe disso. Médicos e enfermeiros são insubstituíveis. A ciência não se questiona. No entanto, nos cantões aonde o Estado não chega, lá onde as pessoas gemem de dor sem que um especialista as examine e receite algum remédio, as benzeduras são valiosas.”

SOBRE O AUTOR

Carlos Wagner tem 75 anos, é graduado em Jornalismo pela UFRGS. Iniciou a carreira de repórter no jornal O Interior, em Carazinho, (RS). Trabalhou como repórter investigativo no jornal Zero Hora (RS, Brasil) de 1983 a 2014. Recebeu 38 prêmios de Jornalismo, entre eles sete Prêmios Esso regionais. Tem mais de 20 livros publicados e aos 67 anos, foi homenageado no 12º encontro da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI), em 2017, em São Paulo.

SOBRE A OBRA

A obra, resultado de aprovação da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Lei Rouanet, conta com patrocínios do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Amberflex Soluções Flexíveis, produção da Lisboa e Rocha Consultoria e realização do Ministério da Cultura do Governo Federal. Quinhentos (500) exemplares do livro impresso estão sendo disponibilizados gratuitamente à rede pública de ensino, universidades, bibliotecas e ao público em geral.  A solicitação do exemplar poderá feita através do e-mail cultural@lisboaerocha.com.br. A partir do dia 08 de junho estará disponível gratuitamente no formato e-book.

SERVIÇO:

O QUE: Sessão de Autógrafos do livro A História Perdida das Benzedeiras Gaúchas

QUANDO: na próxima quarta-feira (4/6) às 20h

ONDE: Salão Nobre da ARI (Associação Riograndense de Imprensa, Av. Borges de Medeiros, 915-8º andar)

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