Andrea Gregory apresenta a exposição relâmpago CAMPO – arte e design nos dias 2, 3 e 4 de setembro no Asiana
Está marcada para hoje (2/9) a vernissage da exposição CAMPO – arte e design, de Andrea Gregory no restaurante Asiana das 17h às 21h. A mostra relâmpago estará aberta para visitações nos dias 3 e 4, também das 17h às 21h. Na quarta-feira (3/9) a artista receberá especialmente profissionais da arte, arquitetura, decoração e design para uma conversa informal e uma visita guiada.
Uruguaia de nascimento, Andrea viveu a infância e adolescência na cidade gaúcha de Uruguaiana, onde três países se encontram: Brasil, Uruguai e Argentina. É nessa fonte da mistura multicultural e genuína que a artista bebe para criar seu universo plástico em uma estética que dá cor e sentido às celas e aos couros, ornamentando cordas e crinas, combinando arreios com afetos, ferros com lamparinas, grades fronteiriças emolduradas por texturas, cores, madeiras e paisagens que se enlaçam em uma linguagem que só a arte é capaz de traduzir em uma vivência profunda e o olhar talentoso da criadora.
Nos últimos anos, quando viveu na Estância do Silêncio, explorou os inúmeros recursos e possibilidades de reaproveitar um grande acervo de objetos simbólicos e materiais da vida campeira descartados durante décadas. Foi nesse período que Andrea criou sua atual coleção com o conceito ecológico denominado upcycling, e como ela mesma explica: “Tornar aquilo que foi no que ainda pode ser”.
Ela encontra inspiração na curiosidade de criar a partir dos desafios que a vida apresenta. Seu processo criativo é basicamente intuitivo apoiado nas várias técnicas que tem experimentado. CAMPO transmite a vivência de um tema muito presente em suas raízes e onde a “lida” campeira era parte integrante da sua infância e juventude. E isso identifica e toca muitas pessoas que já conhecem o trabalho da artista, onde lentes viram abajures, celas ornam pinturas, laços desenrolam traumas e memórias, nós desmancham-se em nuances telúricas e ferros preenchem-se de saudades.
Daí as peças criadas terem simbologia, significados e detalhes próprios e afetivos da cultura e das famílias gaúchas, espalhadas nos campos da fronteira oeste.
Sobre a artista
Filha de pai brasileiro e mãe uruguaia, Andrea Gregory tem dupla nacionalidade. Formou-se em Letras na capital gaúcha em 1982. Nesse período, viveu em Londres por um ano, onde teve contato com diversos ambientes de arte com os quais se identificou. Desde então, sua trajetória criativa estava traçada. Passou por várias fases frequentando ateliês de arte em Porto Alegre e Curitiba. Foi designer de moda durante 17 anos, de 1996 até 2012, criando bolsas e acessórios para sua marca Varjac e também dirigindo fábrica própria e loja comercial ao lado do marido Rafael Gregory, com quem tem a filha Violeta. Nos anos seguintes experimentou várias técnicas de desenho e pintura, inclusive em arte digital.
Que espetáculo….não a conhecia.
Raízes semelhantes em um de meus momentos de vida já que vivi em Uruguaiana e morei na estância.
Minha arte é a palavra .